Poética
Iremar Marinho
"Impactos de amor não são poesia"
(Carlos Drummond de Andrade)
Rilke aconselha
não escrever
poesias de amor.
Seifert vai escrevê-las até o fim.
Riam de Rilke e de Seifert.
Riam de mim.
(Escrito na década de 1980)
Quadra para os Criadores
Iremar Marinho
Criamos pássaros e a madrugada,
O dia branco e a noite espessa.
Criamos tudo; também o vazio.
Fingimos deuses, somos os poetas.
Este Rio Mundaú não é o mesmo
Iremar Marinho
Este Rio Mundaú não é o mesmo
Rio Ganges que banhou Jorge Luiz
Borges cego pela luz de Buenos Aires.
Neste Rio Mundaú dos afogados,
submerge outro Jorge –
de Lima, que Mira-Celi
deixou cego para abrir
os portais de sua fuga
surreal à insanidade.
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"...Riam de Rilke e de Seifert.
ResponderExcluirRiam de mim." E também de mim, Iremar. Riam dos nós. Bela mostra de tua obra. Gostei especialmente do "Rio Mundaú" - E não são mais os mesmos os rios - quando seguem rumo à foz.
Abraços
Excelentes poemas, Iremar, você é mesmo o cão chupando manga da poesia alagoana.
ResponderExcluirCicero Melo
Mai,
ResponderExcluir"Ride
ridentes
rimente
risandai".
Gratíssimo por sua
visita e comentários.
E rios passam.
Abraços
Poeta Cícero Melo,
ResponderExcluirAgradeço sua inestmável apreciação,
envolvida com bom humor.
O perigo seria tornar-me até vaidoso,
considerando o valor da palavra
de crítico literário que você é.
Abs,
Iremar
É certo que muitos blogs que sigo não possuem conteúdo que admiro... Segui porque retribui o ato... Eu não os visito...
ResponderExcluirHá aqueles que vez ou outra postam algo que me arrepia... E há os que são de uma criatidade e sensibilidade que me arrasta a eles até pra ler a mesma postagem mais de uma vez...
Quanto a comentar, depende muito da acessibilidade... Na maioria dos casos, o sinal de minha operadora deixa a desejar... Levo muitos minutos para fazer um simples comentário... e ainda há o entrave do verificação de palavras... Nem sempre consigo sequer entrar...Acabo por desistir porque o tempo é curto...
Sinceramente tento acompanhar as postagens e fico de olho nas atualizações... alguns não atualizam...
Aos que comentam em minhas postagens , quando consigo, retribuo a visita...
Estou deixando essa mensagem aos blogs que realmente gosto de ler para esclarecer minhas condições... Só porque minha consciência de blogueira pede...
Obrigada!
Um abraço!
Muito bem, Analuz!
ResponderExcluirImpossível resistir a tantas luzes!
Ao mesmo tempo que nos ofuscam, nos iluminam!
Admiramos o sol e as estrelas,que nos atraem e sustentam.
Sem luz, sequer o verbo subistiria.
Somos luzes a a elas retornamos, incessantes!
Poesia úmida, fértil. Regada a suor, lágrimas, orvalho, chuva, mares ou rios...
ResponderExcluirE eu doida pra me molhar.
Continue compartilhando seus mergulhos!
Abraço
Adriana, com esta sua fertilidade que vem da água e de tudo que é úmido, você não tem como não se molhar. Mergulhemos sempre no diálogo da poesia, no convívio das palavras, e assim as pessoas e os mundos vão se construindo!
ResponderExcluirAbraços