Canto-chão
Iremar Marinho
Desta matéria se faz poesia.
Desta areia, desta maresia
Faz-se o plano do meu canto-chão.
Deste charco forjado de pânico
Brotam seres palavras que são
Pura estesia de mundo botânico.
Desta terra nascem bois alados,
Planta bovina que alimenta arados,
Nesta seara-mundos divididos.
Nesta vala homens são sulcados.
Desta horta são frutos caídos
De suas mesas fartas de ausência.
20 de outubro de 2009
Meus poemas
Atenção para o poema
Iremar Marinho
Atenção para o poema
sem águas do Ipanema.
Atenção à ladainha
dos hereges de lapinha.
Atenção para o fonema.
Atenção para a lagoa
(a borra da usina escoa)
Atenção para meninas
perdizes (perdidas rimas)
Atenção para Alagoas.
Atenção para a ferrugem
na ponte (no mar, salsugem)
Atenção para emboscada
e “passos no vão da escada”.
Atenção ao véu de nuvem.
Atenção para o fuzil
e à pólvora no barril
Atenção para gaivotas
no rumo de Garça Torta
Atenção para o Brasil.
Iremar Marinho
Atenção para o poema
sem águas do Ipanema.
Atenção à ladainha
dos hereges de lapinha.
Atenção para o fonema.
Atenção para a lagoa
(a borra da usina escoa)
Atenção para meninas
perdizes (perdidas rimas)
Atenção para Alagoas.
Atenção para a ferrugem
na ponte (no mar, salsugem)
Atenção para emboscada
e “passos no vão da escada”.
Atenção ao véu de nuvem.
Atenção para o fuzil
e à pólvora no barril
Atenção para gaivotas
no rumo de Garça Torta
Atenção para o Brasil.
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