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11 de agosto de 2010

Meus poemas

Cabo das Tormentas

Iremar Marinho

Há um Cabo das Tormentas a passar
Há uma vida de tormentos a vencer
Há esquadras sobrepostas para o mar
Há o tempo para o império perecer

Há um reino que não volta do Alcácer
Há o poeta que espera o rei voltar
Há o nauta que naufraga ao Bojador
Há o império que sucumbe além da dor

Não consigo atravessar o Tenebroso
Mar Atlante. Como Sísifo e sua pedra
eu não passo o Cabo Não de cansaços

14 de julho de 2010


Conchavo para sopro e cordas

Iremar Marinho

Junte o lixo das palavras.
Para o poema vale tanto
quanto ouro vem da lavra.

Junte signos, emblemas.
Valem chaves para o abismo
no desenredar do tema.

Junte ritmos, assonâncias,
o eco das sinfonias.
Tudo serve à orquestração

de toda dessintonia.
Junte o não o nada nem
para fazer poesia.


Silêncio e palavra

Iremar Marinho

Como expressar horror
com palavras? Estão presas
ao papel (palavras sofrem)
à espera do meu grito.

Como alardear a dor
em fonemas, se as palavras,
já cegas, só ferem quando
manejadas, como facas?

Como viver no escrito,
se, já mortas, as palavras
são sepultadas na lápide
do meu sonho derradeiro?

14 comentários:

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  2. Agradeço-lhe por sua visita a este Bestiário.
    Estou sempre visitando o seu belíssimo cordelirando. Vou agora ver o novo cordel da ficha limpa.
    Abraços!

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  3. Como? Eis a indagnação poética... palavras ainda que mudas, gritantes, e ainda que mortas sublimes...

    Parabéns pela poesia... Grata surpressa ter um grande poeta como seguidor.

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  4. Karina,
    Agradeço-lhe por sua visita e sua generosidade
    que me incentivam a continuar a busca da poesia.

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  5. Gosto muito de seu trabalho , de palavras apaixonadas , verdade e autenticidade,

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  6. Guaraciaba,
    Sou feliz com pessoas como você
    que apreciam este blog e a poesia.
    Abraços

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  7. Este "Conchavo para sopro e cordas" é um dos melhores poemas (ou metapoemas) que já li. Merece fazer parte de qualquer antologia que se preze. Teu livro, sai ou não sai, bruder?

    Cicero Melo

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  8. Sobre o livro, estou vendo o que posso fazer até o fim deste ano. Vou pedir a você uma consultoria sobre preços e condições de editoras daí.
    Sobre o "Conchavo", o problema é que vou ficar agora umas três noites sem dormir... rsrsrs

    Iremar

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  9. Parabéns pela sua poesia.

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  10. Vittoria, agradeço por suas visita e apreciação de nossa poesia. Parabéns pelo seu belíssimo blog.

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  11. Ah, a linguagem poética!
    Lamento tanto não me permitir fazer rimas... Ainda guardo as heróicas que vomitei na adolescência. A maturidade, corajosa, poderá me alforriar.
    Parabéns!

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  12. Adriana, instigante seu comentário sobre poesia.
    Agradeço sua prestigiosa visita!
    Abraços!

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  13. Os belos poemas do Iremar traduzem a expressão singela e a magnanimidade da flor do lácio encrustada no âmago Alagoano.Vale a pena sempre uma visita ao seu blog recheado de harmonia e cultura.
    Mário Augusto

    http://alagoasreal.blogspot.com/2010/09/meus-poemas-iremar-marinho.html

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  14. Amigo Mário Augusto, como posso retribuir tanta gentileza sua ao destacar meus modestos escrevinhados no seu Alagoas Real que não só faz notícia, como é a própria notícia nesta nossa terra de tanta cultura e tantos contrastes?
    Agradeço, comovido, como diria aquele orador ancestral.

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