A alma escolhe
Emily Dickinson
A alma escolhe sua companhia
E fecha os portais.
Em sua divina soberania
Não se entra mais.
Impassível, reconhece a carruagem
Parando à entrada;
Impassível, vê um rei que se ajoelha
No seu tapete.
Sei que escolheu de uma grande nação
Um só, a dedo.
Depois fechou as valvas da atenção
Como um rochedo.
Eu vi um homem perseguindo o horizonte
Stephen Crane
Eu vi um homem perseguindo o horizonte;
Giravam e giravam à toa.
Aquilo me perturbou;
Aproximei-me do homem.
“É tolice”, murmurei,
“Você jamais poderá...”
“Você mente”, gritou ele,
E continuou correndo.
(Traduções de Jorge Wanderley, in Antologia da Nova Poesia Norte-Americana)
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Boa noite meu querido!
ResponderExcluirLindo poema. Realmente nossa alma exerce o livre arbitrio sempre. As almas se permitem estar lado a lado até do outro lado, e o homem quer acreditar que esteja depois do horizonte esse lugar... deixa-o procurar e sonhar!
Amiga, Bela apreciação sua do poema de Emily Dickinson!
ResponderExcluirOi, Iremar!
ResponderExcluirPrazer tê-lo em meu cantinho...irei segui-lo também!
Apreciar a poesia, em todas as suas nuances, é viver a magia do criador!
Abraços perfumados
Regina
Olá, Regina!
ResponderExcluirAgradeço por sua visita e apreciação sobre este blog. Sua página é belíssima!
Abraços,
Iremar
Perseguir o horizonte
ResponderExcluiré mesmo uma grande imagem.
Célebre Herculano!
ResponderExcluirAgradeço sua visita e comentário, perseguindo o horizonte com Stephen Crane