ARTE DO
PODER
Juareiz Correya
Os romanos
inventaram
com leões e cristãos
o circo com pão.
Os brasileiros bolaram
com samba e com sol
o circo sem pão
do futebol.
Hoje o Brasil
descoberto de novo,
inventado de novo,
decretou o Estado de Circo
- sem picadeiro, sem palco
e sem pão,
com panos coloridos tapando o céu
um mágico desgovernado no planalto
e uma platéia de 140 milhões
de bestas e de palhaços.
com leões e cristãos
o circo com pão.
Os brasileiros bolaram
com samba e com sol
o circo sem pão
do futebol.
Hoje o Brasil
descoberto de novo,
inventado de novo,
decretou o Estado de Circo
- sem picadeiro, sem palco
e sem pão,
com panos coloridos tapando o céu
um mágico desgovernado no planalto
e uma platéia de 140 milhões
de bestas e de palhaços.
MENSAGEM
DOS QUE VÃO MORRER
Juareiz Correya
Senhores do
Mundo,
Irmãos da Guerra,
Deuses do Holocausto,
poderosos proprietários do Arsenal Atômico
que apagará os milênios
e destruirá a Terra cem vezes!
Governantes,
Bestas-feras suicidas,
com os seus Estados Unidos,
as suas Rússias, as suas Chinas,
as suas Organizadas Nações Unidas:
O Apocalipse não tem dia seguinte,
e para que todas as vidas da Terra
- ao alcance de suas maquinações -
sejam destruídas,
basta programar o Fim Nuclear
UMA ÚNICA VEZ
Irmãos da Guerra,
Deuses do Holocausto,
poderosos proprietários do Arsenal Atômico
que apagará os milênios
e destruirá a Terra cem vezes!
Governantes,
Bestas-feras suicidas,
com os seus Estados Unidos,
as suas Rússias, as suas Chinas,
as suas Organizadas Nações Unidas:
O Apocalipse não tem dia seguinte,
e para que todas as vidas da Terra
- ao alcance de suas maquinações -
sejam destruídas,
basta programar o Fim Nuclear
UMA ÚNICA VEZ
INTIMIDADE
Juareiz Correya
eu gosto
do teu cheiro de dentro
de dizer que te mato
de prazer de cansaço
de perder os meus braços
navegando em teu mar
do teu cheiro de dentro
de dizer que te mato
de prazer de cansaço
de perder os meus braços
navegando em teu mar
eu gosto
dessa carne que arde
mais cedo e mais tarde
pelos cantos da casa
de fazer minha rede
no vai-vem dessas pernas
(no aconchego das coxas)
de cair de cabeça
nos segredos da gruta
dessa carne que arde
mais cedo e mais tarde
pelos cantos da casa
de fazer minha rede
no vai-vem dessas pernas
(no aconchego das coxas)
de cair de cabeça
nos segredos da gruta
eu gosto
desse gosto mais doce
que o teu corpo oferece
de tanto gozar
do teu longo arrepio
dessas voltas do cio
desse amor sem parar
desse gosto mais doce
que o teu corpo oferece
de tanto gozar
do teu longo arrepio
dessas voltas do cio
desse amor sem parar
Juarez Barbosa Correia nasceu em
Palmares, Pernambuco, em 1951. Atualmente radicado em Recife. Poeta e editor.
Definir Juareiz apenas como poeta e editor seria restringir seu importantíssimo
trabalho como agitador cultural no Estado de Pernambuco, a partir da década de
1970, consolidando-se na década seguinte através da sua editora Nordestal, selo
pela qual publicou os 10 números da revista Poesia, divulgando
autores locais e de outros Estados.
Fonte: Interpoética
Juareiz Correya, no Facebook: Meu bom amigo Iremar Marinho, muito agradecido pela divulgação. Te devo esta. E a divulgação aberta, em Pernambuco, do teu excelente blog literário. Abraço fraterno
ResponderExcluirCaro poeta Juareiz Correya, você nem precisa de divulgação. Os leitores é que precisam ler sempre seus excelentes poemas. Abraços.
Excluir